quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

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Não falei nada, sou péssima para explicações e cobranças, odeio cobrar, odeio ser cobrada, talvez por isso seja tão difícil resolver as coisas, ou não. Não queria que tudo tomasse tal rumo, é patético e infantil, mas não tive como evitar, estou armada da cabeça aos pés como se a qualquer momento alguém fosse me decepcionar, alguém não, é melhor não generalizar agora, estou falando de VOCÊ.

Dividir sempre foi meu ponto fraco, você sabe, e quando me vi dividindo preferi pular do barco, parece que estou sendo dramática hen? E estou, confesso, fiquei calada muito tempo, acho que isto só fez as coisas ficarem pior. “Não guarde nada. Vira câncer”, talvez tenha virado!

Sinto-me tola, insegura e mais algumas coisas que não vale citar, perder alguém que não morreu dói bastante, é ferida constante, mas que um dia cicatriza como a maioria das feridas. Cicatriza sim, mas a cicatriz fica a nos lembrar, lembrar daquele tempo bom, dos nossos fins de semana, daquelas nossas viagens e da nossa cumplicidade, a cicatriz e o vazio e as lembranças e tantos outros “is”.

Essa não é uma despedida, não não, longe disso, só quero que entenda o motivo de tanta ausência, estarei aqui como sempre estive, me mande cartas vez em quando se quiser ou me chame pra tomar um choop naquela sexta nostálgica.


"Talvez ninguém seja culpado: meus cálculos podem ter dado errado, minhas manobras falharam, o devorado era o que devia ficar inteiro, e o sobrevivente foi aquele que deveria ter sido engolido."
(Lya Luft)

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