quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Bem vindo 2012




Não falarei da virada de ano convencional, do tempo de festas em que a gente se finge de santo, vai à missa mas odeia meio mundo, pede perdões mas vive fazendo maldade, arma um sorriso babaca, abraça a família, que na verdade está um caos, manda uísque para os colegas a quem detesta, e um presentão para o chefe pelo qual se sabe desprezado.

Não falarei das comemorações dos escravos do consumismo, que nesta época se endividam em dez prestações para dar presentes impossíveis a pessoas nem sempre amadas, ou cujo amor tem de ser comprado.

Não falarei do começo de ano amargo dos que dizem que para eles essas datas não existem: espalham o negativismo de suas decepções com a raça humana, que na verdade não é tão grande coisa assim, portanto não se deveria esperar que o fosse.

Talvez eu fale de um começo de ano mais simples, porque não foi antecedido por um daqueles Natais de religiosidade fingida, amor com hora marcada, presentes supérfluos ou adquiridos com sacrifício; talvez eu fale de confraternização, abraço amigo sincero, acolhimento da família – amada apesar de diferenças, sabendo que ali a gente é aceito mesmo quando não é entendido, mais que isso: é respeitado e querido.

Falo de uma tentativa real de recomeçar até onde é possível: com um olhar um pouco diferente para pessoas a quem a gente admira ou estima e normalmente não tem tempo de abordar (que pena, que desperdício). Gente que nos interessa pelo simples carinho, independentemente de status, grana, importância e possível utilidade.

Falo de uma entrada em um novo ano abrindo as portas e janelas da casa e da alma. Sem frescura, sem afetação, sem mau humor, sem pressão nem formalidade. Pensando que a gente poderia ser mais irmão e mais amigo, mais filho e mais pai ou mãe, mais humano, mais simples, mais desejoso de ser e fazer feliz, seja lá o que isso signifique para cada um de nós.

Não com planos mirabolantes que não se podem cumprir, mas inventando novos modos de querer bem, sobretudo a si mesmo, pois sem isso não tem jeito de gostar dos outros de verdade.

O bom é entrar num novo ano sem nostalgia melancólica, sem suspiros patéticos e sem lamentações inoportunas, sem torrar a paciência dos que, ao redor, estão querendo começar o novo ano num clima positivo.

Não falarei, nunca, de festas de passagem de ano tendo de encher a cara para agüentar o próprio deserto interior e a frivolidade de toda uma vida ou para enfrentar a loucura generalizada, o desamor dos parentes chatos, dos filhos idem, da mulher ou marido irônicos, da sogra carrancuda, do amigo interesseiro ou o prenúncio das contas que se acumularão porque a gente gastou o que não podia com coisas que não devia.

Algumas pessoas saem da manada e se propõem a cada ano uma vida possível, mais amena e humana apesar de tudo. Na qual, independentemente de crença, ideologia e vivências, aqui e ali se consegue refletir e reavaliar algumas coisas. Com um pouco mais de aproximação, de reflexão, de algum otimismo, a gente sendo menos arrogante, menos fria, menos desinteressante, mais... gente.

E, já que é um novo ano, vai aí um presente meu, simplesinho, que os tempos estão difíceis:

Deus, eu faço parte do teu gado: esse que confinas em sonho e paixão, e às vezes em terrível liberdade. Sou, como todos, marcada neste flanco pelo susto da beleza, pelo terror da perda e pela funda chaga dessa arte em que pretendo segurar o mundo.

No fundo, Deus, eu faço parte da manada que corre para o impossível, vasto povo desencontrado a quem tanges, ignoras ou contornas com teu olhar absorto.

Deus, eu faço parte do teu gado estranhamente humano, marcado para correr amar morrer querendo colo, explicação, perdão e permanência.



(Lya Luft)

Então é Natal...

Feliz Natal


Desejo neste Natal um fé inabalável a todos vocês, desejo que Jesus ilumine suas vidas, e que o Papai Noel traga dentro de todos os presentes amor, sensibilidade, compaixão e o espírito de solidariedade. Que tenhamos aprendido com nossos erros neste ano que está no fim e que nos comprometamos a ser criaturas melhores no ano que virá. Que o Menino Jesus nasça em todos os corações e que nós tenhamos de fato uma NOITE FELIZ !!!!

...




Não falei nada, sou péssima para explicações e cobranças, odeio cobrar, odeio ser cobrada, talvez por isso seja tão difícil resolver as coisas, ou não. Não queria que tudo tomasse tal rumo, é patético e infantil, mas não tive como evitar, estou armada da cabeça aos pés como se a qualquer momento alguém fosse me decepcionar, alguém não, é melhor não generalizar agora, estou falando de VOCÊ.

Dividir sempre foi meu ponto fraco, você sabe, e quando me vi dividindo preferi pular do barco, parece que estou sendo dramática hen? E estou, confesso, fiquei calada muito tempo, acho que isto só fez as coisas ficarem pior. “Não guarde nada. Vira câncer”, talvez tenha virado!

Sinto-me tola, insegura e mais algumas coisas que não vale citar, perder alguém que não morreu dói bastante, é ferida constante, mas que um dia cicatriza como a maioria das feridas. Cicatriza sim, mas a cicatriz fica a nos lembrar, lembrar daquele tempo bom, dos nossos fins de semana, daquelas nossas viagens e da nossa cumplicidade, a cicatriz e o vazio e as lembranças e tantos outros “is”.

Essa não é uma despedida, não não, longe disso, só quero que entenda o motivo de tanta ausência, estarei aqui como sempre estive, me mande cartas vez em quando se quiser ou me chame pra tomar um choop naquela sexta nostálgica.


"Talvez ninguém seja culpado: meus cálculos podem ter dado errado, minhas manobras falharam, o devorado era o que devia ficar inteiro, e o sobrevivente foi aquele que deveria ter sido engolido."
(Lya Luft)

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Tralha (Marco Vilane)



A gente guarda tanto lixo em casa
A gente guarda e amontoa a raiva
A gente guarda o amor e ele se estraga
A gente guarda palavras caladas
A gente guarda

A gente guarda o choro na garganta
A gente guarda tudo em segredos
A gente guarda sonhos no papel
A gente guarda saudades e medos
A gente guarda

E já, não há espaço pra tanta tralha
E já, não há espaço pra tanta tralha

A gente guarda sempre o carinho nas mãos
A gente guarda fôlego no peito
A gente guarda sorriso entre os dentes
A gente guarda e perde muito tempo
A gente guarda

E já, não há espaço pra tanta tralha
E já, não há espaço pra tanta tralha

Palavras
caladas
A gente guarda

A gente guarda sempre o carinho nas mãos
A gente guarda fôlego no peito
A gente guarda sorriso entre os dentes
A gente guarda e perde muito tempo
A gente guarda

E já, não há espaço pra tanta tralha
E já, não há espaço pra tanta tralha

O Céu é Muito



O céu é muito
Para o sol

Alcança só
O que gravita

O tempo é longo
Pra quem fica

A terra gira
Pra nós dois

Um ano é pouco
Pra depois

O mundo é largo
Pra quem fita

A lua é manto
Para o mar

Querer é tanto
Para a vida

A lua é longe
O sol é mais

Por que você
Não acredita?
(Lenine)

Lya Luft

Não sou a areia
onde se desenha um par de asas
ou grades diante de uma janela.
Não sou apenas a pedra que rola
nas marés do mundo,
em cada praia renascendo outra.
Sou a orelha encostada na concha
da vida, sou construção e desmoronamento,
servo e senhor, e sou
mistério.

A quatro mãos escrevemos este roteiro
para o palco de meu tempo:
o meu destino e eu.
Nem sempre estamos afinados,
nem sempre nos levamos
a sério.


quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Pedaços de mim

Eu sou feito de
Sonhos interrompidos
detalhes despercebidos
amores mal resolvidos

Sou feito de
Choros sem ter razão
pessoas no coração
atos por impulsão

Sinto falta de
Lugares que não conheci
experiências que não vivi
momentos que já esqueci

Eu sou
Amor e carinho constante
distraída até o bastante
não paro por instante


Tive noites mal dormidas
perdi pessoas muito queridas
cumpri coisas não-prometidas

Muitas vezes eu
Desisti sem mesmo tentar
pensei em fugir,para não enfrentar
sorri para não chorar

Eu sinto pelas
Coisas que não mudei
amizades que não cultivei
aqueles que eu julguei
coisas que eu falei

Tenho saudade
De pessoas que fui conhecendo
lembranças que fui esquecendo
amigos que acabei perdendo

Mas continuo vivendo e aprendendo.

(Martha Medeiros)

Eu podia Escolher...

Não tinha ideia.
Escolhi a paz.


A verdade e a beleza
deixei-as ir,
e também a sageza e a nostalgia -
até o amor,
que tão embevecido me olhava,
negras nuvens com ele se deslocavam.


Paz, era paz.
E nos recônditos da minha alma
dançavam seres
de que nunca tinha sequer ouvido!


E no céu pendia um outro sol.

(Toon Tellegen)

Tradução de : Fernando Venâncio
do livro " Rosa do Mundo "

Meu Amor

 
 
De ti somente um nome sei, amor.
É pouco, é muito pouco e é bastante
Para que esta paixão doida e constante
Dia após dia cresça com vigor!

Como de um sonho vago e sem fervor
Nasce uma paixão assim tão inquietante!
Meu doido coração triste e amante
Como tu buscas o ideal na dor!

Isto era só quimera, fantasia,
Mágoa de sonho que se esvai num dia,
Perfume leve dum rosal do céu...

Paixão ardente, louca isto é agora,
Vulcão que vai crescendo hora por hora...
O meu amor, que imenso amor o meu! 

(Florbela Espanca)

Canção Matinal

a Ricardo Vieira Lima

Acorda bem cedo o homem
da casa de telha-vã
e abre janela e porta
como se abrisse a manhã.

E eis que a vida não é mais
nem triste,nem só,nem vã.
É doce:cheira a goiaba
e brilha como romã.

orvalhada.E ele caminha,
o homem,com passos de lã
para em nada perturbar
a quietude da manhã.

Já não há mágoas de perdas
nem angústias de amanhã,
pois a alma que há na calma
entre a goiaba e a romã

é a própria alma do homem
da casa de telha vã,
que declara a noite morta
e acende em si a manhã.

(Ruy Espinheira Filho)

Ruy Espinheira Filho é jornalista e poeta baiano, mestre em Ciências Sociais, professor adjunto de Letras Vernáculas na UFBA. Publicou: Heléboro, Julgado do Vento, As sombras luminosas, Morte secreta e poesia anterior, Antologia breve, Antologia poética, Memória da chuva, Sob o último sol de fevereiro, O vento no tamarineiro, O Rei Artur vai à guerra, Ângelo Sobral desce aos infernos, O fantasma da delegacia, Os quatro mosqueteiros eram três, Últimos temos heróicos em Manacá da Serra, O Nordeste e o negro na poesia de Jorge de Lima e Poesia Reunida.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011



"Tenho trabalhado tanto, mas penso sempre em você. Mais de tardezinha que de manhã, mais naqueles dias que parecem poeira assentada aos poucos e com mais força enquanto a noite avança. Não são pensamentos escuros, embora noturnos. Tão transparentes que até parecem de vidro, vidro tão fino que, quando penso mais forte, parece que vai ficar assim clack! e quebrar em cacos, o pensamento que penso de você. Se não dormisse cedo nem estivesse quase sempre cansado, acho que esses pensamentos quase doeriam e fariam clack! de madrugada e eu me veria catando cacos de vidro entre os lençóis. Brilham, na palma da minha mão. Num deles, tem uma borboleta de asa rasgada. Noutro, um barco confundido com a linha do horizonte, onde também tem uma ilha. Não, não: acho que a ilha mora num caquinho só dela. Noutro, um punhal de jade. Coisas assim, algumas ferem, mesmo essas que são bonitas. Parecem filme, livro, quadro. Não doem porque não ameaçam. Nada que eu penso de você ameaça. Durmo cedo, nunca quebra.
Daí penso coisas bobas quando, sentado na janela do ônibus, depois de trabalhar o dia inteiro, encosto a cabeça na vidraça, deixo a paisagem correr, e penso demais em você. Quando não encontro lugar para sentar, o que é mais freqüente, e me deixava irritado, descobri um jeito engraçado de, mesmo assim, continuar pensando em você. Me seguro naquela barra de ferro, olho através das janelas que, nessa posição, só deixam ver metade do corpo das pessoas pelas calçadas, e procuro nos pés daquelas aqueles que poderiam ser os seus. (A teus pés, lembro.). E fico tão embalado que chego a me curvar, certo que são mesmo os seus pés parados em alguma parada, alguma esquina. Nunca vejo você – seria, seriam?
Boas e bobas, são as coisas todas que penso quando penso em você. Assim: de repente ao dobrar uma esquina dou de cara com você que me prega um susto de mentirinha como aqueles que as crianças pregam umas nas outras. Finjo que me assusto, você me abraça e vamos tomar um sorvete, suco de abacaxi com hortelã ou comer salada de frutas em qualquer lugar. Assim: estou pensando em você e o telefone toca e corta o meu pensamento e do outro lado do fio você me diz: estou pensando tanto em você. Digo eu também, mas não sei o que falamos em seguida porque ficamos meio encabulados, a gente tem muito pudor de parecer ridículos melosos piegas bregas românticos pueris banais. Mas no que eu penso, penso também que somos meio tudo isso, não tem jeito, é tudo que vamos dizendo, quando falamos no meu pensamento, é frágil como a voz de Olívia Byington cantando Villa-Lobos, mais perto de Mozart que de Wagner, mais Chagal que Van Gogh, mais Jarmush que Win Wenders, mais Cecília Meireles que Nelson Rodrigues.
Tenho trabalhado tanto, por isso mesmo talvez ando pensando assim em você. Brotam espaços azuis quando penso. No meu pensamento, você nunca me critica por eu ser um pouco tolo, meio melodramático, e penso então tule nuvem castelo seda perfume brisa turquesa vime. E deito a cabeça no seu colo ou você deita a cabeça no meu, tanto faz, e ficamos tanto tempo assim que a terra treme e vulcões explodem e pestes se alastram e nós nem percebemos, no umbigo do universo. Você toca minha mão, eu toco na sua.
Demora tanto que só depois de passarem três mil dias consigo olhar bem dentro dos seus olhos e é então feito mergulhar numas águas verdes tão cristalinas que têm algas na superfície ressaltadas contra a areia branca do fundo. Aqualouco, encontro pérolas. Sei que é meio idiota, mas gosto de pensar desse jeito, e se estou em pé no ônibus solto um pouco as mãos daquela barra de ferro para meu corpo balançar como se estivesse a bordo de um navio ou de você. Fecho os olhos, faz tanto bem, você não sabe. Suspiro tanto quando penso em você, chorar só choro às vezes, e é tão freqüente. Caminho mais devagar, certo que na próxima esquina, quem sabe. Não tenho tido muito tempo ultimamente, mas penso tanto em você que na hora de dormir vezemquando até sorrio e fico passando a ponta do meu dedo no lóbulo da sua orelha e repito repito em voz baixa te amo tanto dorme com os anjos. Mas depois sou eu quem dorme e sonha, sonho com os anjos. Nuvens, espaços azuis, pérolas no fundo do mar. Clack! Como se fosse verdade, um beijo. Mais uma vez."

(Caio Fernando Abreu)


Caio Fernando Loureiro de Abreu (Santiago, 12 de setembro de 1948 — Porto Alegre, 25 de fevereiro de 1996) foi um jornalista, dramaturgo e escritor brasileiro.
Apontado como um dos expoentes de sua geração, a obra de Caio Fernando Abreu, escrita num estilo econômico e bem pessoal, fala de sexo, de medo, de morte e, principalmente, de angustiante solidão. Apresenta uma visão dramática do mundo moderno e é considerado um "fotógrafo da fragmentação contemporânea".

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Deus é Pai


"Quando o sol ainda não havia cessado seu brilho,
Quando a tarde engolia aos poucos
As cores do dia e despejava sobre a terra
Os primeiros retalhos de sombra
Eu vi que Deus veio assentar-se
Perto do fogão de lenha da minha casa
Chegou sem alarde, retirou o chapéu da cabeça
E buscou um copo de água no pote de barro
Que ficava num lugar de sombra constante.
Ele tinha feições de homem feliz, realizado
Parecia imerso na alegria que é própria
De quem cumpriu a sina do dia e que agora
Recolhe a alegria cotidiana que lhe cabe.
Eu o olhava e pensava:
Como é bom ter Deus dentro de casa!
Como é bom viver essa hora da vida
Em que tenho direito de ter um Deus só pra mim.
Cair nos seus braços, bagunçar-lhe os cabelos,
Puxar a caneta do seu bolso
E pedir que ele desenhasse um relógio
Bem bonito no meu braço
Mas aquele homem não era Deus,
Aquele homem era meu pai
E foi assim que eu descobri
Que meu pai com o seu jeito finito de ser Deus
Revela-me Deus com seu
Jeito infinito de ser homem."

(Pe. Fábio de Melo)

A poesia me leva (Pe. Fábio de Melo)


Pe. Fábio de Melo é um sacerdote católico, cantor, compositor, apresentador, poeta, escritor, professor, ligado a Congregação dos Sacerdotes do Sagrado Coração de Jesus.

O tempo e as jabuticabas

"Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver
daqui para frente do que já vivi até agora. Sinto-me como aquela
menina que ganhou uma bacia de jabuticabas. As primeiras, ela
chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.

Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados.
Não tolero gabolices. Inquieto-me com invejosos tentando destruir
quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.

Já não tenho tempo para projetos megalomaníacos.
Não participarei de conferências que estabelecem prazos fixos
para reverter a miséria do mundo. Não quero que me convidem
para eventos de um fim de semana com a proposta de abalar o milênio.

Já não tenho tempo para reuniões intermináveis para discutir
estatutos, normas, procedimentos e regimentos internos.
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas,
que apesar da idade cronológica, são imaturos.

Não quero ver os ponteiros do relógio avançando em reuniões
 de 'confrontação', onde 'tiramos fatos a limpo'.
Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo
majestoso cargo de secretário geral do coral.
Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: 'as pessoas
não debatem conteúdos, apenas os rótulos'.
Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a
essência, minha alma tem pressa...
Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente
humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta
com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não
foge de sua mortalidade, defende a dignidade dos marginalizados,
e deseja tão somente andar ao lado do que é justo.

Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade, desfrutar desse
amor absolutamente sem fraudes, nunca será perda de tempo.'

O essencial faz a vida valer a pena."


Rubem Alves


Rubem Alves (Boa Esperança, 15 de setembro de 1933) é um psicanalista, educador, teólogo e escritor brasileiro, é autor de livros e artigos abordando temas religiosos, educacionais e existenciais, além de uma série de livros infantis.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Série Poesias

Começarei a Série Poesias, onde publicarei e farei uma breve análise sobre os alguns poemas, bem como sobre as biografias de seus escritores. A finalidade destas análises é a de divulgar o universo poético e para que alunos, professores e demais interessados comentem de modo a fazer suas críticas, visto que o universo poético permite várias interpretações e pontos de vista diferentes.


"O homem sentiu sempre - e os poetas frequentemente cantaram - o poder fundador da linguagem, que instaura uma sociedade imaginária, anima as coisas inertes, faz ver o que ainda não existe, traz de volta o que desapareceu." (Émile Benveniste)

Preconceito Linguístico



“São poucos os títulos voltados para a divulgação da variação linguística e, menos numerosos ainda, aqueles que têm uma clara intenção pedagógica e didática de fazer refletir sobre isso”, nos diz o professor do departamento de Linguística da Universidade de Brasília (UnB) Marcos Bagno.

Muitas pessoas não entendem o que é a variação linguística e caem na ignorância de taxar como "erros" alguns desvios que fogem à gramática normativa. Perceber que não existe erro em determinadas falas é o primeiro passo para entender a variação, o segundo passo é buscar porque estes erros acontecem, visto que eles seguem uma ordem lógica não sendo desvios aleatórios.

Precisamos enxergar que o português padrão é aquele que existe na gramática normativa, ensinado nas escolas, cheio de falhas e com conceitos que dificultam ainda mais a aprendizagem, muito longe do português falado que não obedece a maioria das regras ditadas pela norma padrão.

A língua é viva, e por isso muda, não pode obedecer a regras tão defasadas e complexas. "É importante reconhecer a importância da língua padrão, mas também reconhecer o direito que as pessoas têm de falar do jeito que falam, de usar as suas variedades locais, regionais e sociais." (Bagno)


Referências: http://www.sergipe.com.br/balaiodenoticias/linguistica.htm

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

A importância das Tecnologias na Educação

Vivemos em uma sociedade cercados de tecnologias, e sabemos o quanto elas são importantes para muitas atividades, inclusive as educacionais. Quando o professor sabe canalizar e orientar seus alunos para o uso de tais ferramentas elas não só auxiliam como também dinamizam a aprendizagem, sendo de fundamental importancia para o crescimento dos mesmos garantindo a eles navegar por toda parte, ter acesso a todo conteúdo sem grandes dificuldades, auxiliando de maneira benéfica ao seu crescimento.



quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Incertezas...

As incertezas são filhas da nossa insegurança, do duvidoso, do que ainda não está firme, sólido, concreto, in-certeza uma verdade que pode não ser. Engraçado como os prefixos tem esse poder de mudar as coisas, momentos, sentimentos, pessoas, lugares, situações, corações. E fico a me perguntar: conseguirei ser feliz? Não encontro resposta, ainda! Talvez o problema esteja em mim meu bem, nas experiências que esse mundo de ilusões acaba nos proporcionando, na cultura propagada de que não deve-se confiar em ninguém, "nem mesmo na sombra", não tem nada a ver com você, ou tenha...difícil de entender as vezes.

Mas continuo aqui, na corda bamba, talvez eu chegue até o final, talvez não, porque o TUDO de hoje pode ser o NADA de amanhã e eu já me convenci disso, na verdade o mais importante é que ainda tenho a capacidade de acreditar nas pessoas e de amá-las, afinal as decepções fazem parte da vida, e eu não haveria de perder o doce das coisas por medo de um dia elas não darem certo.

A distância favorece as incertezas, nunca foi bom negócio amar os que estão além das montanhas, quem não sabe? Uma saudade misturada com inseguranças, misturada com os fatores de um relacionamento novo, misturada com o medo de que todo este encanto acabe e que eu não tenha tido a oportunidade de mostrar como é suave a vida de quem ama. Definitivamente me sinto perdida, estou em mar aberto, as ondas são fortes, pulo ou não? Já pulei!

Apesar das incertezas vivo com você os melhores e mais dolorosos dias, até enquanto a distância não nos sufocar, e o calor dos dias ainda existir, te darei o melhor de mim, mas por favor não desapareça, cubra-me de carícias e sentimentos bons, faça-me feliz, seja intenso e mágico como sempre foi, permita que as incertezas desapareçam, que seja de verdade enquanto dure e que dure enquanto for de verdade. Me mande notícias antes do declinar do dia e me escreva cartas perfumadas quando sentir saudades.


sexta-feira, 22 de julho de 2011

Tudo é só uma qustão de cor, não é?

Quem nunca viveu dias cinzas? Tenho vivido muitos deles, completamente carregados, onde tudo e todos me irritam, magoam, fazem falta, se fazem presentes demais, dias que não me agradam em nada. Olho para os lados e percebo que não são as pessoas as culpadas pelo meu fracasso emocional, tenho que por minhas próprias forças levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima, afinal de contas sempre existe uma estrela nova a ser vista da minha janela e como Vanessa da Mata lindamente diz nesta canção: a gente que escolhe sorrir...

O Masoquista e o Fugitivo
(Vanessa da Mata)

Há gente que escolhe sorrir
Há gente que escolhe chorar
Você escolheu a segunda opção
E eu escolhi sair
Não gosto de masoquismos
Eu prefiro me divertir

A nossa relação tem tudo pra não dar certo
Você só quer perder
E nada que fica assim pode vencer

Eu insisto em ser feliz
Mesmo que minhas condições me testem
Eu insisto em ser maior
Pra estar sempre melhor

Há gente que escolhe sorrir
Há gente que escolhe chorar
Você escolheu a segunda opção
E eu escolhi sair
Não gosto de masoquismos
Eu prefiro me divertir

Pois vá adiante
Que eu vou adiante
E assim quem sabe
Você chorando
Será de um jeito seu completo.


"Tem sempre um pôr-do-sol esperando para ser visto, uma árvore, um pássaro, um rio, uma nuvem..Imagine. Invente. Sonhe. Voe." (Caio Fernando Abreu)



quarta-feira, 20 de julho de 2011

Aquele que está ao meu lado em qualquer caminhada!!


Dedico este vídeo a todos que de alguma forma me fazem esquecer os problemas, me fazem viver as delícias da vida, me apoiam mesmo sabendo que o barco tá furado, me dão força em qualquer situação, que não preciso chamar pois eles estão presentes sempreeee!! A estes eu chamo amigos!

terça-feira, 19 de julho de 2011

Opto pela Loucura!!!!

"Apesar do medo,escolho a ousadia.
Ao conforto das algemas, prefiro a dura liberdade.
Vôo com meu par de asas tortas, sem o tédio da comprovação.
Opto pela loucura, com um grão de realidade:
meu ímpeto explode o ponto, arqueia a linha, traça contornos
para os romper.
Desculpem, mas devo dizer: eu
quero o delírio."

(Lya Luft)

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Coração ou Coração ??





"Quando ele sorri desarmado, limitado e impotente, para todas as minhas dúvidas, inconstâncias e chatices, eu sei que é daquele sorriso que minha alma precisava. Ele não faz muito pela minha angústia existencial, até por não saber. E consegue tudo de mim. Consegue até o que ninguém nunca conseguiu: me deixar leve. (…) Eu quero parar com tudo isso, ele é um menino que não pode acompanhar minha louca linha de raciocínio meio poeta, meio neurótica, meio madura. Eu quero colocar um fim neste tormento de desejar tanto quem ainda tem tanto para desejar por aí. E aí eu me pergunto: pra quê? Se está tão bom, se é tão simples. Ele me ensinou que a vida pode ser simples, e tão boa."


(Tati Bernardi)

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Lua

Reparei a lua hoje, ela está perfeita! O céu me atrai muito, adoro olha-lo me dá paz e uma ternura incrível. Céu dia e noite perfeito, chuva ou sol, inverno ou verão, até com as nuvens mais carregadas, acho que as tempestades existem para podermos aprender quanta força tem o céu. CÉU, LUA, SOL, que palavras gostosas!

A singeleza da lua me diz muito, sempre quietinha, provocante, perfeita para os casais mais apaixonados.Quem nunca namorou sob um luar "daqueles" que atire a primeira pedra. A lua não precisa está "nos seus melhores dias" para ser apreciada, mesmo quando se recolhe a sua pequenez, quando esta miúda ela é perfeita. Ai lua, como me ensinas muitas coisas, que satélite natural perfeito.

A lua é quase um sentimento (se não fosse seu aspecto visual), a percebemos e pronto, não é tão concreta como o sol, o qual podems sentir queimando nosso corpo com seus belos raios, a lua não, a lua é discreta até nos seus dias de glória, onde se enche, se estufa e nos permite viver dias de lua cheia como hoje!

Que belo presente! CÉU, LUA, NOITE, quem não dorme feliz depois desse espetáculo?!!!


"Só preciso de alguns abraços queridos,


a companhia suave,


bate-papos que me façam sorrir,


algum nível de embriaguez e a sincronicidade:


eu e você não acontecemos por uma relação causal,


mas por uma relação de significado,


que ainda estamos trabalhando."


(Caio Fernando Abreu)


A vida é bela!




"Tenho agradecido por estar vivo 
e ter andado por todos os lugares onde andei 
e ter vivido tudo o que vivi e ser exatamente 
como eu sou." (Caio Fernando Abreu)

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Ela é assim!

Ela:sonhos, surpresas, sentimentos. Eu:realidade, rotina, “mistério”. Nós:intensidade, risadas, aventura! Nos encontramos em muitos pontos hen? Faces de um complemento fantástico, o queijo e a goiabada, o poema com suas rimas perfeitas! Você me fez lembrar hoje de quanta coisa a gente já viveu, de quanto já discordamos e do quanto combinamos em outras tantas coisas, “que sincronicidade é essa universo?” Amizade é cultivo, é preocupação, é zelo, amizade é a junção de todas as coisas, defeitos e qualidades, é buscar naquela situação onde o outro não ver mais solução um desfecho ideal para tal problema, é se intrometer mesmo na vida, é aguentar o mal humor de manhã cedo, o melancolismo da TPM, a preguiça da segunda, o choro do amor perdido, a tensão com a burrice que fez ontem, enfim, amizade é entrega total, sem reservas!!

Sei o que é ter um amigo, você me mostra todo dia isto, oportunidade boa esta pra te falar de amor, cuida tanto de mim, me mostra sem parar o quanto é bom ter você por perto. Te conheço bem e virce-versa!!!!!! Tinha muita coisa em mente pra te escrever, mas acho que o importante está aqui, como dizem por ai: o essencial é que fica, e ficou, ficamos, te amo minha onça linda e já não vejo minha vida sem você!! Pequeno nome pra uma grande pessoa: Gê!

Parece que Clarice Lispector te conhecia, resolvi terminar com esse poema dela que foi capaz de te traduzir:

Ela é assim

“Ela é assim! Pronto.Mas assim como? Explica!
Ela é assim um mix de tudo que se possa imaginar dentro de uma grande capacidade de apenas não ser nada em definitivo. Ela é aquilo que não consegue se encaixar em moldes pré-existentes, parece que ninguém nunca foi antes dela. Ela se incomoda com isso, às vezes, muito. Ela é cheia de sentimentos, parece que suas experiências se manifestam é no dorso do seu colo, e quase sempre, de vez em quando, tudo isso pesa. Mas não tem modo, não existe maneira que a faça ser diferente. E ainda, graças a Deus, ela é diferente. Algo que pesa e que tem o dom da leveza, algo que chora e que se manifesta em sorrisos, algo de forte, mas que se desmancha quando encontra a água.'”


quarta-feira, 13 de julho de 2011

Te olhar é tão lindo

Ficamos sentados ali, nos olhando por um longo tempo. Amo te olhar, cada detalhe, cada expressão, sua face firme me mostra um mundo real e lindo, trocamos caricias e você me disse coisas bonitas, sorri. . .não fizemos planos e isso deixa tudo mais leve, mais natural, cada passo é novidade. E afinal, caminhamos pra onde? Felicidade!!! Esse é o lugar!


"Pois meus olhos vidram ao te ver
São dois fãs, um par
Pus nos olhos vidros para poder
Melhor te enxergar
Luz dos olhos para anoitecer
É só você se afastar
Pinta os lábios para escrever
A sua boca em minha?"
(Nando Reis)

O seu brilhar, virou o meu farol...

terça-feira, 12 de julho de 2011

O universo conspira a nosso favor desde que te vi naquele entardecer.

Estava bem, a superficialidade era tão agradável não oferecia riscos, um estado gostoso de não me importar com a vida, não ter ninguém, nem ser de ninguém, absolutamente avulsa sendo eu sem ser. . .difícil de entender. É que as coisas superficiais nunca me prenderam a atenção por muito tempo, gosto do profundo e vou fundo, fundo até me perder.

Então você chegou, seus olhos me sorriram, pude ver o horizonte da minha janela e que belo ele era, não precisava de mais nada. Sua presença branca, firme, com ar de quem sabe o que quer, corpo escultural, olhos penetrantes e uma boca, haaaa uma boca provocante capaz de causar as melhores sensações que já pude sentir, intenso e lindo! Doação mutua, é isso que vivemos, na busca de compartilhar emoções nos encontramos, EN-CON-TRA-MOS, percebi em você o que procurava, e já não durmo sem te desejar boa noite, e que coisa boa é ouvir o seu "boa noite princesa" é mais que extasiante!!

Sobre sentimentos não te falo, prefiro me manter atrás da faixa amarela, cuido de mim, do meu coração, é bom se precaver as vezes. Mas os sinto, e estranho seria se não os sentisse, sinto e gosto e rio e gozo, te busco cada vez mais você me faz tão bem. Os sentimentos que você me provoca continuarão aumentando e você permanecerá me fazendo feliz, o universo conspira a nosso favor desde que te vi naquele entardecer.

              "E interpreto as coincidências como pequenas chaves para o nosso destino."
          (Ann Brashares, no livro: A Irmandade das calças viajantes, Editora Rocco, página 309)


segunda-feira, 11 de julho de 2011

Tudo certo

Ando tomando o rumo certo agora, me deseje sorte.
(Caio Fernando Abreu)

 
                      

quinta-feira, 7 de julho de 2011

As Palavras (Vanessa da Mata)

As palavras saem quase sem querer,
Rezam por nós dois.
Tome conta do que vai dizer.
Elas estão dentro dos meus olhos
Da minha boca, dos meus ombros
Se quiser ouvir
É fácil perceber

Não me acerte
Não me cerque
Me dê absolvição
Faça luz onde há involução
Escolha os versos para ser meu bem e não ser meu mal
Reabilite o meu coração

Tentei
Rasguei sua alma e pus no fogo
Não assoprei
Não relutei
Os buracos que eu cavei
Não quis rever
Mas o amargo delas resvalou em mim
Não me deu direito de viver em paz
Estou aqui para te pedir perdão

Não me acerte
Não me cerque
Me dê absolvição
Faça luz onde há involução
Escolha os versos para ser meu bem e não ser meu mal
Reabilite o meu coração

As palavras fogem
Se você deixar
O impacto é grande demais
Cidades inteiras nascem a partir daí
Violentam, enlouquecem ou me fazem dormir
Adoecem, curam ou me dão limites
Vá com carinho no que vai dizer

Não me acerte
Não me cerque
Me dê absolvição
Faça luz onde há involução
Escolha os versos para ser meu bem e não ser meu mal
Reabilite o meu coração

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Vida, vida...

Vida, vida...porque me prepara essas coisas? Eu estava tão bem no meu mundo, pra quê essa intensidade toda vida? Será que não percebes que as alegrias violêntas tem fins violêntos? Me deixe aqui quietinha, vivendo o que há de superficial nesse mundo, não tens pena do meu coração?

Medo vida, é isso que sinto, decepção vida é disso que quero correr, me trouxeste uma coisa bela, mas incerta, verás que talvez essa história não acabe bem. Vida minha, poupe-me das coisas desnecessárias, diga-me apenas o real, minha imaginação já fantasia demais, não dê corda.

Mostre-me vida, o verdadeiro sentido em viver isto, dê-me motivos pra não desistir de continuar escrevendo palavras bonitas e cartas perfumadas, palavras cheias de sentimentos, odeio vida as palavras lindas e vazias, prefiro uma ausência honesta à uma presença fingida.

Abrace-me vida e só me solte quando o sol nascer, para que eu possa abrir a janela e voltar aos seus braços e então assistir o esplendoroso nascer do sol, aquecendo-nos ainda mais.
Ai, vida, vida...por que me prepara essas coisas??


Fique se quiser, o quanto puder...



Por que você chegou assim sem avisar? Odeio surpresas, você deveria saber disso, as supresas me tiram o chão, me fazem ficar alguns segundos sem respirar. Eu gosto de me preparar, de arrumar o quarto, o coração, gosto de deixar as "armas" na mesa, nunca se sabe quando precisaremos usar. Pior, você não ficou satisfeito em me pegar com sua chegada, me deixou ainda mais despreparada quando folou de sentimentos, procurei as armas, mas elas estavam no armário velho que tenho no quarto dos fundos, com certeza empoeiradas, pois a muito não tive necessidade de usar, chegar até o armário, limpar e recarregar com munição daria muito trabalho, então resolvi te encarar desarmado, que burrice a minha, será que não percebi que seria uma loucura? Que eu não conseguiria me manter fora da zona de perigo por muito tempo?

Há essas surpresas...ouvi falar que até fazem mal pra saúde e eu gritei isso a você enquanto estavamos no combate. Agora é tarde, fui golpeada, você venceu, trancou o armário velho com todas as minhas "armas" e levou a chave, mesmo que eu quisesse não conseguiria abrir. Pronto, tive que me render, e agora? Você será capaz de cuidar de mim? Minha casa é ventilada nos dias de calor e quante nos dias de frio, aconchegante. Vez em quando o chuveiro do quarto para de esquentar e a porta lateral emperra, na verdade minha casa como qualquer outra apresenta defeitos, tenho medo de você não suportar. Enfim, fique se quiser o quanto puder, me traga cafè na cama e eu cuidarei dos botões que soltarem da sua camisa, que seja eterno enquanto dure. Há! E nada de mais surpresas, me prepare quando chegar a hora de um novo combate.


segunda-feira, 25 de abril de 2011

Aprendendo a perder...



Perder de fato é tarefa difícil, principalmente quando dormimos com aquilo em nossa mão e acordamos sem, perder de uma hora para outra é pior que ir perdendo aos poucos, pois nesta você perde e na mesma proporção vai se acostumando, já naquela causa um impacto profundo.

Mas a vida é assim, é preciso perder pra poder ganhar, já dizia o poeta, ela é feita de renúncias, algumas boas, outras nem tanto, mas enfim necessárias, santas renúncias que nos permitem deixar o que já não cabe e partir para o novo, o melhor, o ideal. Só que, apesar de tudo isso, não estamos preparados para perder, no mundo competitivo que vivemos, perder já deveria ser tratado com mais naturalidade, perder é fato!

Junto com a escolha, vem à dúvida, será que estou realmente no caminho certo? Será que optei pelo ideal? Acho que esta é a parte que mais conta, é a nossa vida que esta em jogo, escolhas feitas hoje, refletirão logo ali na frente, e se não tivermos cuidado seremos culpados por nossa infelicidade.

Penso que hoje perdi, e perdi da maneira mais dura que eu poderia perder, mas acredito que essa renúncia também virá me edificar. O momento é de dor, mas o futuro haaaaaaaaaaaa O FUTURO VEM COM TUDO.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Quem irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração?

Tive medo de mim ontem, sabe quando se tem um surto e você acaba percebendo que não se conhece? Descontrole total! O ciúme faz isso com a gente, ele é um grande vilão que se esconde por trás dos sentimentos e usa a desculpa de amar demais. Percebi que sou uma criatura normal como todas as outras e que perco as “estribeiras” também, não sou dona da situação como pensava ser,  reconhecer isto não é das coisas mais agradáveis que existe, pelo contrário, requer deixar um pouco de lado o orgulho, tarefa difícil principalmente pra mim, o orgulho é meu companheiro de anos, e qualquer um sabe que deixar vícios dói, mesmo sabendo que eles não fazem bem pra alma!!
Ciúmes, raiva, um misto de sentimentos ruins, não consegui me controlar e perdi a cabeça! Quebrar coisas desestressa, percebi isto ontem, talvez porque estamos já quebradas por dentro e queremos exteriorizar  isto, ou então mostrar uma certa insanidade, quem não tem medo dos loucos né ? rsrs Vai saber, “Quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração?”
O fato é que perdi o controle, confesso, mas me arrependi ! Nossa, quem entre nós nunca se arrependeu que atire a primeira pedra, o arrependimento é normal, afinal os sentimentos ruins devem ser colocados pra fora e o arrependimento vem mostrar que realmente estamos colocando! Ponto positivo então! Na luta entre os erros e acertos, acho que os acertos tão ganhando, mesmo com ataques, surtos, brigas...
Perder o controle é normal, tô parando de me condenar!

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Sorria !!

Outro dia assisti um filme (mais de 1 vez por sinal), um filme que mexeu comigo, talvez besta pra alguns, sem sentido para outros, mas pra mim não, pra mim ele se encaixou perfeitamente. Existem frases, livros e filmes que são assim, é como se fossem feitos contando nossa própria história, confesso que a minha não é tão intensa quanto a de Eliza (protagonista de Comer, Rezar, Amar, filme citado), mas em muitos pontos nossas vidas convergem.

Percebi que apesar de ter amigos, família, pessoas que me amam, está cursando o que gosto, ter um emprego, entre outras coisas que a maioria das pessoas "precisam" para serem felizes, eu ultrapasso essa dimensão quanto a definição de felicidade. Depois de longos e outros nem tanto relacionamentos que tinham tudo pra darem certo, mas talvez por causa deste tudo não deram, conseguir entender que a felicidade independe destes fatores, você pode dizer que sou louca, sim eu sou, os loucos são felizes.

Não existe uma definição exata para grande parte das coisas...a minha para felicidade é que ela esta dentro de nós, na parte espiritual, amorosa e compulsiva que temos, a felicidade pouco depende do exterior, é simples e complexa ao mesmo tempo.

Cada dia que passa, descubro que estou no caminho certo, que estou sabendo canalizar meus atos para a felicidade, sem pressão, sem grandes esforços, sem precisar de muitas pessoas. Felicidade é isso, ser feliz com e sem o outro, com e sem aquilo! Feliz comigo, feliz com Deus, feliz com meu cachorro, feliz com o barzinho das sextas-feiras, feliz com o almoço da semana, feliz com o copo de vinho, feliz com meu coração, feliz..em Paz !!

Termino com uma frase e uma música do filme Comer, Rezar, Amar, confesso que estou encantada até agora e recomendo à todas as pessoas, sendo alegres ou tristes, é uma boa reflexão em todos os tempos.

"Sorria com o rosto, sorria com a mente, sorria até com o fígado".

sexta-feira, 18 de março de 2011

Os loucos sempre encontram as portas do céu abertas !

Calaram-se as palavras! Depois dos dias de muitas delas, naquele momento não precisávamos de nada...a não ser um do outro. Tudo favoreceu, até o tempo, e que tempo louco esse, quente, muito quente, fazendo-nos perder a cabeça, o equilíbrio, a moral. A moral sempre vem no dia seguinte, cheia é claro de arrependimento, na verdade oscilações entre arrependimento e lembranças gostosas.

O clima do lugar provocava, talvez mais  do que os corpos, uma alucinação toma conta e tudo acontece como deveria acontecer, ou como pelo menos, achávamos que deveria acontecer. Perdida em um misto de sensações, procuro palavras pra descrevê-las, mas não acho, continuo a tentar e todo esforço é em vão, existem momentos que não podem ser descrevidos. Medo, desejo, arrependimento, felicidade, talvez uma sede quase insana e avassaladora.

Depois de tanta coisa boa, hora de voltar a realidade, esta por vezes não favorece a união, aponta empecilhos, diz que existem coisas fora do lugar, pessoas de sobra, onde 1+1 é perfeitamente equilibrado não necessitando de complemento. O que me resta? Sem dúvida aceitar a situação, afinal entrei de gaiato no navio (risos que escondem o desespero).

Terminarei hoje com o trecho de um texto de Martha Medeiros, cujo título é: “Ser Feliz não é Pecado”, ele me consola e até insentiva, acho que é só disso que preciso hoje: CONSOLO E INCENTIVO ! ! !

“ Se você acredita que ser feliz compromete seu currículo de intelectual engajado, troque  por outro termo, mas não cuspa neste prato. Embriague-se de satisfação íntima e justifique-se dizendo que é um louco, apenas isso. Como você sabe, os loucos sempre encontram as portas do céu abertas”.


terça-feira, 15 de março de 2011

Vem comigo, mas vem com TUDO ...

Love
(Simone)

Quero que você me traga
Que você me trague
Quero que você me trombe
Que você me estrague

Quero que você me beije, baby
Que me beba e babe
Quero que você me pinte
Que me pegue e pague

Que você me cubra
Que você me cobre
Que você me cure
Que você me core
Que você me cace
Que você me coce

Quero que você me adote
Que você me adore
Quero que você me exploda
Que você me explore

Quero que você me cheire
Que você me chore
Quero que você me xingue
Que você me choque

Que você me livre
Que você me leve
Que você me lavre
Que você me lave
Que você me louve
Que você me love

Traga, trague, pegue, pague, xingue, explore
Cheire, chore, choque, livre, leve, love

segunda-feira, 14 de março de 2011

Não é proibido, pode chegar ...



E quando a gente sabe que algo é errado, mas mesmo assim insistimos em fazer? Por que quando algo é proibido sentimos ainda mais prazer em lutar até conseguir alcançar? Pior, parece que quando as coisas são proibidas e por consequência perigosas elas caem como uma luva em nossas vidas, e aqui pra nós, o proibido desperta nossa imaginação, desperta sensações (risos).

Não estou falando nenhuma novidade, quem não já passou e viveu intensamente a tentação do proibido? E claro, a frase mais dita do mundo coube direitinho: "Tudo que é proibido é mais gostoso"! O proibido fascina, é deslumbrante, nos faz aproveitar tudo, tudinho do momento, pricipalmente quando envolve sentimentos, carne, desejo...nossa ai o proibido é quase (isso se não por completo) irresistível.

Uma vez mergulhados nas proibições da vida, com a maçã mordida na mão, fica difícil voltar atrás. Quem prova uma Mariscada, nunca mais quer saber de feijão com arroz, isto é fato !

E eu tô assim, deixando que os proibidos me acompanhem, são meus amigos de jornada agora, feche os olhos e mergulhe de cabeça, porque eu, haaaaaa eu já fiz isso !!

Venha pra cá, venha comigo!
A hora é pra já, não é proibido.
Vou te contar: tá divertido,
Pode chegar!

(Marisa Monte)

terça-feira, 8 de março de 2011

Fim !

... todo o carnaval tem seu fim,
todo o carnaval tem seu fim,
e é o fim, e é o fim.
Deixa eu brincar de ser feliz,
deixa eu pintar o meu nariz ...

(Los Hermanos)



***Turbilhão de emoções***

"As horas passam. Os dias passam.
Passam filmes na cabeça do que ainda se quer viver.
Passam os amigos, passam os melhores momentos, passam o piores também.
Passam os sonhos antigos e não vividos.
Chegam vontades, chegam amores, chegam novas afinidades.
Sente-se emoções, ilusões e um coração apertado.

Voltam novas incertezas, renúncia da beleza e minhas fraquezas.
Inconstante você diz?
Não.
É apenas um coração com pressa de viver".

(Patrícia Ximenes)


Engraçado como alguns textos se encaixam perfeitamento com situações que estamos vivendo, e isso é bom, porque assim percebemos que muitos de nós estamos no mesmo barco e que não somos de fato tão estranhos como pensamos.

Experimentando realmente um "turbilhão de emoções", com sede de viver, de ser feliz, a música que tocar estou dançando, o convite que fizerem estou aceitando, pressa de realizar planos que já estavam empoeirados, e que fui forçada a abandonar por não haver pessoas dispostas a vivê-los na mesma intensidade e desejo, estou rindo, chorando e aprendendo como diz Leonardo Boff. As vezes deixamos de viver tantas coisas, alcançar tantos objetivos, e ideais por causa das pessoas. E o tempo passa, e passa e vooooooaaaaaaa... e lá ficamos nós agarrados a criaturas que não tem coragem de mergulhar nessa loucura que é a vida. Aí meu Deus como estava com saudade de viver estas emoções...

Não estou mais cabendo em mim (risos), sinto alegrias violêntas e tristezas violêntas, mas não me importo, essa sensação de estar viva me contagia, me envolve, me alegra e me da vontade de continuar dia-a-dia! Fico ansiosa esperando as emoções do amanhã, as do hoje não me bastam...que loucura ! Esses dias conversava com alguém, não me recordo quem e dizia que precisava de mais 3 ou 4 horas acrescentadas ao meu dia, não consigo realizar muitos dos meus planos, vida frenética, vida cheia de vida !!!

Talvez isso nem seja muito bom, alguns pensam que essa vontade de viver assim é um tipo de refúgio, um querer ocupar vazios que ainda não foram preenchidos, não sei, e quer saber? Não tenho a mínina vontade de descobrir, estou feliz e pronto, pra quê melhor ?

 "Dias sim, dias não, eu vou sobrevivendo sem um arranhão..." (Cazuza)

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Não adianta nem tentar me esquecer ! !

Sem palavras, essa música diz tudo por mim . . .



Detalhes
Composição: Erasmo Carlos / Roberto Carlos

Não adianta nem tentar
Me esquecer
Durante muito tempo
Em sua vida
Eu vou viver...

Detalhes tão pequenos
De nós dois
São coisas muito grandes
Prá esquecer
E a toda hora vão
Estar presentes
Você vai ver...

Se um outro cabeludo
Aparecer na sua rua
E isto lhe trouxer
Saudades minhas
A culpa é sua...
O ronco barulhento
Do seu carro
A velha calça desbotada
Ou coisa assim
Imediatamente você vai
Lembrar de mim...

Eu sei que um outro
Deve estar falando
Ao seu ouvido
Palavras de amor
Como eu falei
Mas eu duvido!
Duvido que ele tenha
Tanto amor
E até os erros
Do meu português ruim
E nessa hora você vai
Lembrar de mim...

A noite envolvida
No silêncio do seu quarto
Antes de dormir você procura
O meu retrato
Mas da moldura não sou eu
Quem lhe sorri
Mas você vê o meu sorriso
Mesmo assim
E tudo isso vai fazer você
Lembrar de mim...

Se alguém tocar
Seu corpo como eu
Não diga nada
Não vá dizer
Meu nome sem querer
À pessoa errada...
Pensando ter amor
Nesse momento
Desesperada você
Tenta até o fim
E até nesse momento você vai
Lembrar de mim...

Eu sei que esses detalhes
Vão sumir na longa estrada
Do tempo que transforma
Todo amor em quase nada
Mas "quase"
Também é mais um detalhe
Um grande amor
Não vai morrer assim
Por isso
De vez em quando você vai
Vai lembrar de mim...

Não adianta nem tentar
Me esquecer
Durante muito
Muito tempo em sua vida
Eu vou viver
Não, não adianta nem tentar
Me esquecer...

domingo, 27 de fevereiro de 2011

O que é certo?

Segundo o Aurélio, certo é onde não há errado; exato nos cálculos, no funcionamento; preciso...acho essa uma boa deficição, mas o certo ainda é para mim desconhecido, coberto por um véu. Pode até parecer contradição, e é, mas o certo ao meu ver é incerto.

E o que é certo afinal ? ! Certo seria uma mãe, louca poe ter perdido seu filho atropelado por um alcoolizado irresponsável, vingar a morte de seu primogênito? Ou então poderia ser a vingança de uma mulher sofrida, despedaçada após ver seu casamento de 30 anos acabar por causa de uma qualquer? Certo tambem pode ser o fim de um pai que depois de anos e anos abusando sexualmente a filha de de 13 anos foi morto pela própria? Por ultimo, certo seria furar o sinal vermelho, carregando alguém quase morrendo, tendo apenas 10 min. para chegar ao Pronto Socorro mais próximo?

Você diz: exagero seu! E eu te respondo: essa é a realidade dos "certos" da vida. Onde quero chegar com essa história? Simples, descobri que não existe certo, exato, e por consequência, errado muito menos. O certo tem inumeras faces, é contraditório, incomum, o certo é a minha verdade e a minha versão perante os fatos. Passei muito tempo com medo do errado, fugindo, ele me assombrava, era meu bicho PAPÃO (risos), a sociedade cultiva esse pensamento há séculos, e porque eu pensaria diferente?

Nesse meu ultimo semestre na universidade, ouvi uma querida professora dizer em todas as suas aulas que não existe certo e errado, existe de fato o diferente e o diferente hoje me soa bem, o diferente é libertador, o diferente me basta !

Estou com uma vontade danada de fazer o diferente, sem a nobreza do certo ou a pequenez do errado. Tente ! ! !

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

(...) enquanto houver você do outro lado, aqui do outro eu consigo me orientar.


Comecei a pouco tempo ler textos de Caio Fernando Abreu, confesso que cada dia gosto mais de suas palavras, cara incrível ! Achei um pequeno texto dele hoje, que se encaixa perfeitamente com minha atual situação.
Não peço tanto, agora quero pouco, não quero que ele venha por completo, corpo, alma e coração, no momento o corpo ta me bastanto. Sem cobranças, sem muitos telefonemas, mas também não quero sumiços duradouros demais, românces lá fora com outra pessoa pra todo mundo ver, quero me desligar, mas não quero ser desligada, quero hoje, amanhã já não sei . . . mulheresssss vai entendê-las . . .

"Eu preciso muito, muito de você. Eu quero muito, muito você aqui de vez em quando nem que seja, muito de vez em quando. Você nem precisa trazer maçãs, nem perguntar se estou melhor. Você não precisa trazer nada, só você mesmo. Você nem precisa dizer alguma coisa no telefone. Basta ligar e eu fico ouvindo o seu silêncio. Juro como não peço mais que o seu silêncio do outro lado da linha ou do outro lado da porta ou do outro lado do muro. Mas eu preciso muito, muito de você".
(Caio Fernando Abreu)

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Saudades de Deus


Ultimamente tenho sentido saudades de Deus, saudades do céu, parece loucura para aqueles que nunca experimentaram tal situação, só os que viveram isto me entendem de fato.
Sempre acreditei que amar Deus não fosse sentimento, e sim decisão, mas hoje percebo que amar Deus ultrapassa as lógicas dos sentimentos e da razão, a própria fé é isso, a firme convicção que algo é verdade, mesmo que não tenhamos provas concretas.

A vida acadêmica acaba fazendo estas coisas com a gente, muitos livros, seminários, provas, festas, prioridades . . . sem tempo ! Consciênte ou inconsciente nos perdemos nestes caminhos, entrelaçados quase que por completo no mundo dos saberes. E afinal de contas, a vida tá dando certo.

Depois de um dia frenético(como diz um amigo meu), no fim da noite dirijo-Lhe palavras quase que já decoradas e vazias, por desencargo de conciência mesmo, tratando-O como obrigação, fardo e muitas vezes pesado. Hoje me vejo vazia como estas palavras, e com uma saudade que invade minh'alma, enfim sou surpreendida sob o olhar diferente, mas muito misericordioso Dele, não sou a mesma, mas Deus é o mesmo . . .

Saudades Meu Deus, da época em que andava seguindo fielmente seus passos e descansando segura em suas mãos.


Alô, meu Deus
(Composição: Pe. Zezinho)

Alô meu Deus,
fazia tanto tempo
que eu não mais te procurava.
Alô meu Deus,
senti saudades tuas
e acabei voltando aqui.
Andei por mil caminhos
e, como as andorinhas,
eu vim fazer meu ninho
em tua casa e repousar.
Embora eu me afastasse
e andasse desligado,
meu coração cansado,
resolveu voltar.

Eu não me acostumei,
nas terras onde andei.
Eu não me acostumei,
nas terras onde andei..

Alô meu Deus,
fazia tanto tempo
que eu não mais te procurava.
Alô meu Deus,
senti saudades tuas
e acabei voltando aqui.
Gastei a minha herança,
comprando só matéria,
restou-me a esperança
de outra vez te encontrar.
Voltei arrependido,
meu coração ferido
e volto convencido
que este é o meu lugar.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Dia nublado dentro de mim . . .

Nublado sim, não digo chuvoso, pois chuvoso quase sempre remete a tristeza, e nem tenho tantos motivos para esta triste, muito menos ensolarado, pois estou longe de tamanha alegria. Nublado sem dúvida é a palavra certa, sem cor, sem vida, sem motivação, sem bom humor, terrível não ? !  Nem tanto, as vezes precisamos passar por dias assim, para nos lembrar que não somos tão perfeitos quanto pensamos, e para que as pessoas percebam que passamos longe de sermos criaturas sempre encantadoras.

Acho que conhecemos os verdadeiros amigos assim, quando se martirizam em nós aceitar nestes dias, em que até para nós é difícil viver, mas creio que este é assunto para um outro dia !
Forma estranha de começar a postar no blog esta minha hen ? rsrsrs Mas é bom começar assim, afinal de contas, não tenho obrigação de distribuir sorrisos todos os dias.

O sol se escondeu hoje, e não deu explicações sobre seu sumiço.