Calaram-se as palavras! Depois dos dias de muitas delas, naquele momento não precisávamos de nada...a não ser um do outro. Tudo favoreceu, até o tempo, e que tempo louco esse, quente, muito quente, fazendo-nos perder a cabeça, o equilíbrio, a moral. A moral sempre vem no dia seguinte, cheia é claro de arrependimento, na verdade oscilações entre arrependimento e lembranças gostosas.
O clima do lugar provocava, talvez mais do que os corpos, uma alucinação toma conta e tudo acontece como deveria acontecer, ou como pelo menos, achávamos que deveria acontecer. Perdida em um misto de sensações, procuro palavras pra descrevê-las, mas não acho, continuo a tentar e todo esforço é em vão, existem momentos que não podem ser descrevidos. Medo, desejo, arrependimento, felicidade, talvez uma sede quase insana e avassaladora.
Depois de tanta coisa boa, hora de voltar a realidade, esta por vezes não favorece a união, aponta empecilhos, diz que existem coisas fora do lugar, pessoas de sobra, onde 1+1 é perfeitamente equilibrado não necessitando de complemento. O que me resta? Sem dúvida aceitar a situação, afinal entrei de gaiato no navio (risos que escondem o desespero).
Terminarei hoje com o trecho de um texto de Martha Medeiros, cujo título é: “Ser Feliz não é Pecado”, ele me consola e até insentiva, acho que é só disso que preciso hoje: CONSOLO E INCENTIVO ! ! !
“ Se você acredita que ser feliz compromete seu currículo de intelectual engajado, troque por outro termo, mas não cuspa neste prato. Embriague-se de satisfação íntima e justifique-se dizendo que é um louco, apenas isso. Como você sabe, os loucos sempre encontram as portas do céu abertas”.