quarta-feira, 6 de julho de 2011

Fique se quiser, o quanto puder...



Por que você chegou assim sem avisar? Odeio surpresas, você deveria saber disso, as supresas me tiram o chão, me fazem ficar alguns segundos sem respirar. Eu gosto de me preparar, de arrumar o quarto, o coração, gosto de deixar as "armas" na mesa, nunca se sabe quando precisaremos usar. Pior, você não ficou satisfeito em me pegar com sua chegada, me deixou ainda mais despreparada quando folou de sentimentos, procurei as armas, mas elas estavam no armário velho que tenho no quarto dos fundos, com certeza empoeiradas, pois a muito não tive necessidade de usar, chegar até o armário, limpar e recarregar com munição daria muito trabalho, então resolvi te encarar desarmado, que burrice a minha, será que não percebi que seria uma loucura? Que eu não conseguiria me manter fora da zona de perigo por muito tempo?

Há essas surpresas...ouvi falar que até fazem mal pra saúde e eu gritei isso a você enquanto estavamos no combate. Agora é tarde, fui golpeada, você venceu, trancou o armário velho com todas as minhas "armas" e levou a chave, mesmo que eu quisesse não conseguiria abrir. Pronto, tive que me render, e agora? Você será capaz de cuidar de mim? Minha casa é ventilada nos dias de calor e quante nos dias de frio, aconchegante. Vez em quando o chuveiro do quarto para de esquentar e a porta lateral emperra, na verdade minha casa como qualquer outra apresenta defeitos, tenho medo de você não suportar. Enfim, fique se quiser o quanto puder, me traga cafè na cama e eu cuidarei dos botões que soltarem da sua camisa, que seja eterno enquanto dure. Há! E nada de mais surpresas, me prepare quando chegar a hora de um novo combate.


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