domingo, 11 de março de 2012

Nostálgico Domingo

Um nostálgico domingo, quase ninguém passava na rua, sentei-me na varanda, fazia um trabalho manual, artesanal, desses que dizem acalmar a pessoa. Meditei sobre coisas, sobre o tempo, sobre como nos deixamos sufocar e do quanto sufocamos, de como nos deixamos esquecer e do quanto esquecemos, da falta de medida e exatidão que essa vida é tecida. O mensageiro dos ventos anunciava a brisa gritante e solitária de um fim de tarde domingueiro, o silêncio conseguia ser mais alto que a voz melancólica do meu cantor preferido cantando aquela música cheia de saudade e pensamentos soltos. O mensageiro tocava cada vez mais alto. A noite chegou sem estrelas desta vez.
(Manuella Moura)




Um comentário:

  1. Lendo seu texto percebo um transbordar de melancolia, e sou obrigada a concordar que existe uma dose cavalar de beleza embutida nela... nós, poetas, temos essa capacidade: de encaixar o belo naquilo que, por vezes, faz lacrimejar...!

    Lindo, lindo, lindo...!


    Bjim!

    P.S.(Amei o plano de fundoooo!)

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