segunda-feira, 9 de abril de 2012

Carta

Lembre-se de mim de vez em quando Zé, de nós, do nosso tempo dengoso em que qualquer olhar virava poesia. Nada demais, só um pouco daquelas lembranças gostosas que amamos ter quando chega o fim de tarde, aquelas que não nos fazem chorar ou se arrepender, nem muito menos o coração descompassar, no máximo prendemos um pouco ar e soltamos devagar. Saudade mesmo, manhosa e tranquila, dor mansinha a nos invadir, que faz parar o olhar e brotar um delicado sorriso dos lábios, como um saudosismo, só isso! Sinto muito sua falta querido Zé, mas até tô me virando bem com a saudade ...



"Eu, você, nós dois 
Já temos um passado, meu amor
Um violão guardado
Aquela flor
E outras mumunhas mais."

(Saudosismo - Caetano Veloso)



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